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Dança das luzes e cores

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Dança das luzes e cores

Como o espetáculo de luzes, a graça da deusa Aurora e seu filho Bóreas, da mitologia romana, descendem dos céus e afagam os olhos que assistem às cores dançantes

O esplendor das coloridas luzes dançantes nos gélidos céus polares é um fenômeno de pura energia! Poética, literalmente. Os céus iluminam-se com raios policromáticos, originados naturalmente quando os ventos solares, carregados de íons livres, chocam-se com as partículas de oxigênio e nitrogênio, presentes na atmosfera terrestre. Essa maravilha visual ocorre nos dois polos da Terra. Ao Norte, o astrônomo Galileu Galilei nomeou o fenômeno como Aurora Boreal, em homenagem à deusa romana do amanhecer Aurora (Eos, na mitologia grega) e seu filho Bóreas, deus dos ventos nórdicos. Ao Sul, o mesmo fenômeno recebe o nome de Aurora Austral. O nome Aurora Austral foi cunhado por James Cook, explorados, navegados e cartógrafo inglês.

Em setembro, é dada a largada à caça da Aurora Boreal na região ártica. Não há como definir o melhor local para avistar este fenômeno. Cada localidade no entorno do Círculo Polar Ártico possui a sua magia. Este espetáculo de cores e luzes pode ser visto na Lapônia, a famosa “Terra do Papai Noel” e que abrange o território norte da Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia, na Islândia (em toda a ilha), em algumas regiões do Canadá (as cidades de Yellowknife e Whitehorse são polos turísticos para avistar o fenômeno), Groenlândia, Svalbard (uma ilha ao Norte da Noruega) e no Alasca.

Acompanhe abaixo o depoimento do embaixador da Finlândia no Brasil - Jouko Leinonen:

Durante o período que separa os equinócios de setembro e março, o turismo na Região Ártica  é incrementado. É a temporada de ocorrência das luzes boreais. E também, mais ao final do ano, uma multidão deseja conhecer o habitat do barbudo simpático. “Na Lapônia, a província mais setentrional da Finlândia, onde mora Papai Noel, o período mais agitado é de dezembro até maio, quando há neve e possibilidade de observar Aurora Boreal. No Sul do país, o período mais frequentado é o verão de junho até agosto”, explica o embaixador da Finlândia no Brasil, Jouko Leinonen.

A natureza encantadora e hostil, a rica cultura do povo lapão, grupo étnico que constitui o maior de origem indígena europeu são um chamariz. “Além de Lapônia, onde se encontra nosso povo indígena, o povo Sámi (lapão), temos por exemplo a região das lagoas limpas, ao leste do país. São 188 mil lagoas, recorde no mundo. A Finlândia é muito grande na escala europeia, nosso país é do tamanho da Alemanha. Entretanto, só temos 5,5 milhões de habitantes”, afirma o embaixador.

“Além das belezas naturais, a Finlândia oferece muitas cidades históricas, numerosos museus, teatros e salas de concertos, especialmente durante os meses de maio até setembro, quando ocorrem milhares de eventos de cultura, música e teatro, no país inteiro. Mesmo com a população pequena, temos uma culinária nórdica de renome internacional e que usa muitos ingredientes locais. Eu indico provar, por exemplo, a carne da rena! Uma viagem ao país se destaca nos rankings mundiais, com certeza, por ser muito inspiradora para os brasileiros. Somos um pequeno país entre Ocidente e Oriente, então temos influências das duas direções”, indica Leinonen.

 

 


Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/turismo/2019/09/04/interna_turismo,780702/danca-das-luzes-e-cores.shtml

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